quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

FUGA

Tem dias em que grito em silêncio,
outros que, em silêncio, grito.
Entre urros e caladas, não sei se morro ou se vivo.

Se me pergunto o propósito, o eco da voz responde,
na desistência da pergunta apenas o berro irrompe.
Vivo em silêncio como quem morre gritando,
morro em vida como quem silencia gritando...

Não, não há nenhuma porta que leve pra fora,
nem lugar fora que não esteja dentro.
Colocar em movimento é deitar, dormir e roncar feito um porco.
 
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