domingo, 15 de julho de 2007

Proesia


Caminha depressa

Caminha depressa, guria.

Que o mundo atrás de ti vem.,

depressa, não nega,

Não poupa ninguém.


Anda guria,

anda que atrás de ti vem

Tua mãe, tua avó, tua tia, tua prima....


Anda guria que atrás de ti vem.

Serás só mais uma,

Na terra... ninguém.


Não olhe pra trás,

Não mova, não fale...

Só corra, menina.

Pra onde?

Não sei!


Por que?

Não sei, menina.

Anda depressa.


Menina pára, se vira, olha...


Hoje tem três filhos, um cachorro, uma casa no campo; se chama Cecília de Castros Barcelas, nome de casada, e tem uma poltrona muito confortável onde se senta todos os dias esperando a morte chegar. É a mais bonita estátua de sal que já vi.

11 comentários:

Mandi disse...

Ela era casadoira. Muleres casadoiras adoram ver o caminho de ângulos diferentes... Principalmente o traseiro.

Mas será que é bom olhar para trás? Ou não olhar...? Cada coisa tem seu preço...






Eu prefiro olhar para os lados.

Irene Pinheiro disse...

Pois é Mandy... O problema de olhar para os lados é que, ás vezes, vemos que o nosso ponto, aquele que se chegou depois do que ficou para trás, e não se quer olhar, é que ele não é lá grande coisa... Aí viramos estátuas de sal.Complexo né...

Thadeu, não sei mt o que falar sobre seu post. Sabe aquele: Gostei e ponto. Pois bem, assim estou. Seja lá o que eu gostaria de dizer e não estou sabendo como... Posso resumir em um: Que bom que consegui faze-lo estar por aqui, por entre o mundo dos blogs, nos mostrando esses textos. Acho que deveria começar levar, cada vez mais, a sério essa coisa de escrever.
Bjs, fica bem.

Paula disse...

"esperando a morte chegar"

A Cecília tem a boca escancarada cheia de dentes também?
vc é a 2a. pessoa nessa semana que me cita coisas que me lembram ao Raulzito.

Beijocas

Lara Laçarote disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lara Laçarote disse...

Não gosto de comentar poesia. Ela auto se explica.
Fico só com um adorei e ponto.

Sonia Sant'Anna disse...

Assino em baixo do que disse laçarote, poesia não se explica, sente-se.

Mandi disse...

Cadê novis, mermão?

Sonia Sant'Anna disse...

Faço minha a pergunta da Mandy. Ou já desistiu?

Irene Pinheiro disse...

Por onde andam suas escritas? Quero ve-las!

Bjs, fica bem.

B. disse...

Esse poema me lembra um outro, que escrevi faz anos e anos e anos, quando ainda arriscava fazer poesia (você definitivamente se entende com ela). Me manda esse texto pro e-mail? Queria retribuir com o meu e escrever mais sobre ele. Faz isso? No e-mail de sempre: izabelcury@gmail.com. Muitos beijos e saudades JÁ, :*

Néfer Kroll disse...

esse texto me confortou um pouco.

 
eXTReMe Tracker